16 de ago. de 2011

Salão do Livro bateu recorde de público

Foto: Tonico Lopes

Durante 10 dias, a Praça das Nações (Mitre) foi transformada num verdadeirto centro literário. A participação de livreiros locais e convidados na feira atraiu a atenção de milhares de convidados de todas as idades. Com a integração da comunidade, a participação de escritores renomados, lotou o auditório montado no local, com a realização de palestras e oficinas, reunindo em conjunto com a visitação à feira cerca de 40 mil pessoas.

Para a organizadora do Salão, Sueli Brandão, o recorde de público foi significativo e esperado. "Estamos apostando na melhora a cada ano do evento. Por isso incrementamos a quantidade de escritores que integraram o evento este ano, de 11 subimos para 22, e apostamos numa experiência que deu muito certo: as oficinas".

Entre os destaques do Salão estava o jornalista Domingos Meirelles, que teve sua apresentação realizada pelo prefeito, Paulo Mac Donald Ghisi. "Domingos é um grande amigo da cidade e quando nos visita é uma satisfação poder recebê-lo", comentou o prefeito. 

O jornalista, trouxe ao público sua premiada obra sobre a passagem da Coluna Prestes pelo Paraná e falou sobre a importância da cidade na história. "O livro, na verdade permite que boa parte da população, não somente de Foz como do Paraná, tome conhecimento de que o estado foi cenário de uma das batalhas mais dramáticas da história da Coluna Prestes".

A relação com a cidade não está presente somente na história resgatada por Meirelles. O jornalista relata que a cidade foi cenário para grandes reportagens que o consagraram como repórter. "Grandes matérias foram feitas aqui, a minha história profissional está ligada à cidade, que me deram projeção. Essa é forma de retribuir e compensar. Tinha gente que me odiava e dizia que só vinha para falar mal da cidade. Eu falava que um dia voltaria para falar bem, e voltei".

Outros escritores e participantes do Salão também comentaram sobre a importância da realização do evento. "Os salões e feiras que acontecem em todo país são essenciais para o engrandecimento da cultura local", disse o escritor Audálio Dantas, também jornalista e especialista na obra de Graciliano Ramos. 

Para o psiquiatra e escritor Jairo Bauer, o envolvimento da comunidade, não somente de adultos, mas também de jovens, propicia o chamado ‘bolsão cultural’, "que inclui o contato com a literatura e com quem a produz".

Além da escrita, o Salão também envolveu apresentações artísticas e serviu de espaço para discussões como a audiência pública para a apresentação do Plano Estadual do Livro, Leitura e Literatura (PELL).

Uma programação específica para o público infantil também teve destaque durante o evento com a realização de contações de histórias e a distribuição de 50 mil vales-livros a crianças das séries iniciais do município.

Daniela Valiente - A Gazeta

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