22 de ago. de 2011

Comerciantes argentinos cobram solução para o impasse da Carta Verde



Com o sumiço de clientes brasileiros das ruas e negócios de Puerto Iguazú por causa da exigência do seguro Carta Verde, cresce a pressão de comerciantes por uma solução. A Administração Geral de Aduana em Puerto Iguazú anunciou que estuda uma solução local para ajudar a resolver parte do problema e trazer de volta os visitantes que desapareceram, após o órgão ter apertado o cerco contra a falta de seguro. A solução, segundo entrevista de Pedro Aquino ao site La Voz de Cataratas, seria implementar um seguro que está sendo testado em Bernardo de Irigoyen – cidade que faz fronteira com Barracão (PR) e Dionísio Cerqueira (SC).

"Tratamos de ver o que podemos fazer para melhorar esta situação, não queremos ser os maus desse filme cumprindo com a resolução firmada entre ambos países e que data da década de noventa, tudo o que fazemos é cumpri-la. Mas falei com o diretor geral que fica em Posadas, e comentei sobre o mal-estar generalizado por parte do comércio da região pela diminuição da demanda brasileira", disse. 

Segundo ele, a resposta foi que as autoridades estão tentando implementar uma espécie de seguro global, que deverá estar a cargo de alguma das entidades envolvidas. Ele acrescentou que o plano piloto estaria sendo experimentando na região de Irigoyen. 

O chefe da aduana disse que se pode ver a olho nu a diminuição de pessoas, embora ache difícil dizer o que se deve a exigência da Carta Verde e ao fim da temporada de férias. Segundo ele, a quantidade de gente que passa pela fronteira caiu, mas mesmo assim o número é grande. 

"Estamos na temporada baixa, com uma média diária de 18 mil passagens por dia, o que não é pouco. Notamos uma diminuição no movimento nos horários de pico em comparação com meses anteriores. No fim de semana passado, registramos em média 20 mil pessoas por dia", explicou Sergio Rios da Direção de Migrações. "Pode ser pouco quando comparado aos 27 mil ‘passageiros’ diários", disse.

As autoridades não entraram em detalhes sobre o que será feito para facilitar a questão do seguro. Porém, fontes não oficiais disseram que se estuda a habilitação de um seguro que seria aceito pelas autoridades e que custaria ao redor de P$ 30 para o brasileiro com validade de uma semana.

A Gazeta

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