27 de jun. de 2011

Motoristas e cobradores decidem hoje greve no Transporte Coletivo de Foz


Os  46 mil usuários do transporte coletivo de Foz deverão encontrar problemas para se locomover nesta terça (28). Isso porque os motoristas e cobradores prometem cruzar os braços por tempo indeterminado. A decisão de paralisar as atividades será confirmada, a partir das 18 horas, em assembléia no Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Rodoviário.
A categoria espera uma proposta do Consórcio Sorriso, formado por  empresas de ônibus, para decidir se paralisam as atividades amanhã.  As principais reivindicações são o fim da dupla função, quando os motoristas atuam também como cobrador e a reposição salarial acima da inflação.
O indicativo de greve foi decidido, em assembléia, realizada no último dia 14 de junho, na sede do Sindicato dos Trabalhadores. Na ocasião ficou definido um novo encontro hoje para discutir o assunto.
Caso não haja avanço na negociação, a categoria interrompe a jornada de trabalho em horários que minimizem o transtorno dos passageiros. Segundo informações repassadas pelo Sindicato, a intenção é manter apenas 30% dos ônibus em circulação.
Em recentes entrevistas, o representante do Consórcio Sorriso, Juliano Ribeiro, afirmou que a pauta de reivindicações é extensa e foram feitas duas propostas a categoria, e que as empresas estão dispostas a negociar para evitar a interrupção do serviço.
Um motorista, entre salários e benefícios, chega a receber pouco mais de R$ 1.600,00 e o cobrador pouco mais de R$ 1.000,00. Até o ano passado, os trabalhadores recebiam 30% a mais de salário do que os profissionais em Cascavel, porém, exercem sete horas de atividade em Foz.
A reposição oferecida é de 6,34%, índice da inflação medido no período de abril de 2010 a maio de 2011, e não é considerada a ideal, já que a categoria não adquiriu ganhos reais nos últimos cinco anos.
O Foztrans espera um desfecho positivo da negociação, pois iniciou, desde a semana passada, mudanças no itinerário de linhas que circulam pela região norte e sul da cidade. A greve, justamente neste momento de adaptação, pode atrapalhar ainda mais os passageiros dessas regiões.

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