Os 46 mil usuários do transporte coletivo de Foz deverão encontrar problemas para se locomover nesta terça (28). Isso porque os motoristas e cobradores prometem cruzar os braços por tempo indeterminado. A decisão de paralisar as atividades será confirmada, a partir das 18 horas, em assembléia no Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Rodoviário.
A categoria espera uma proposta do Consórcio Sorriso, formado por empresas de ônibus, para decidir se paralisam as atividades amanhã. As principais reivindicações são o fim da dupla função, quando os motoristas atuam também como cobrador e a reposição salarial acima da inflação.
O indicativo de greve foi decidido, em assembléia, realizada no último dia 14 de junho, na sede do Sindicato dos Trabalhadores. Na ocasião ficou definido um novo encontro hoje para discutir o assunto.
Caso não haja avanço na negociação, a categoria interrompe a jornada de trabalho em horários que minimizem o transtorno dos passageiros. Segundo informações repassadas pelo Sindicato, a intenção é manter apenas 30% dos ônibus em circulação.
Em recentes entrevistas, o representante do Consórcio Sorriso, Juliano Ribeiro, afirmou que a pauta de reivindicações é extensa e foram feitas duas propostas a categoria, e que as empresas estão dispostas a negociar para evitar a interrupção do serviço.
Um motorista, entre salários e benefícios, chega a receber pouco mais de R$ 1.600,00 e o cobrador pouco mais de R$ 1.000,00. Até o ano passado, os trabalhadores recebiam 30% a mais de salário do que os profissionais em Cascavel, porém, exercem sete horas de atividade em Foz.
A reposição oferecida é de 6,34%, índice da inflação medido no período de abril de 2010 a maio de 2011, e não é considerada a ideal, já que a categoria não adquiriu ganhos reais nos últimos cinco anos.
O Foztrans espera um desfecho positivo da negociação, pois iniciou, desde a semana passada, mudanças no itinerário de linhas que circulam pela região norte e sul da cidade. A greve, justamente neste momento de adaptação, pode atrapalhar ainda mais os passageiros dessas regiões.
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