Foto: Wenderson Araujo (GP) |
O deputado paranaense Fernando Giacobo (PR) gastou R$ 40,5 mil no primeiro semestre com o fretamento de aviões para viagens pelo interior do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul. As notas apresentadas à Câmara são referentes aos meses de fevereiro, abril e maio. O deputado foi o que apresentou a maior despesa com o item entre os parlamentares do Paraná. Ele disse que usou o transporte para divulgar a Lei do Sacoleiro (11.898/09), cujo projeto ajudou a elaborar.
Segundo o detalhamento das notas fiscais publicado no site da Câmara dos Deputados, Giacobo pagou em fevereiro R$ 11.500 à empresa Táxi Aéreo Hércules pelos trechos entre as cidades de Curitiba, São Paulo, Pato Branco e Curitiba. Em abril, a Hércules recebeu mais R$ 5,5 mil por uma viagem de ida e volta entre Curitiba e São Paulo.
Como comparação, só as companhias aéreas TAM e Gol oferecem 33 voos diretos diários entre as duas capitais (contando os aeroportos paulistas de Guarulhos e Congonhas), com preços a partir de R$ 47,32 (sem taxas) por trecho.
No mesmo mês, a West Wings Escola de Aviação recebeu R$ 19 mil por viagens entre Cascavel, Campo Grande (MS), Presidente Prudente (SP), Francisco Beltrão e Chapecó (SC). Em maio, a Hércules voltou a receber R$ 4,5 mil, mas não há informação sobre os trechos realizados.
Ao todo, Giacobo gastou R$ 53.573,69 na soma das despesas com fretamento de aeronaves e passagens aéreas no primeiro semestre – o segundo com mais gastos na categoria foi Angelo Vanhoni (PT), com R$ 16.696,63. Os gastos estão contemplados legalmente no Ato da Mesa 43/2009, que regulamenta o “cotão”.
Giacobo, que é coordenador da bancada paranaense no Congresso, e possui domícilio eleitoral em Foz, diz que recorreu ao fretamento de aviões porque precisava visitar muitas cidades para ajudar as pessoas a entenderem o teor da Lei do Sacoleiro. O texto altera regras de importação de produtos do Paraguai por via terrestre e cria o Regime de Tributação Unificada. A proposta unifica a cobrança de impostos federais e dá oportunidade de que os sacoleiros se transformem em microimportadores.
André Gonçalves - Gazeta do Povo
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